Sex, 03 de Junho de 2011 09:55 por: cnbb
Dom Redovino Rizzardo, cs
Bispo de Dourados - MS
Com decreto assinado no dia 1º de junho de 2011, o Papa Bento XVI criou a Diocese de Naviraí, desmembrando-a da Diocese de Dourados, e nomeou o seu primeiro bispo na pessoa do Pe. Ettore Dotti.
Preparada ao longo desses últimos oito anos, a nova circunscrição eclesiástica é a 7ª em ordem de fundação no Estado do Mato Grosso do Sul. Antes dela, surgiram Corumbá, em 1910; Campo Grande e Dourados, em 1957; Coxim e Três Lagoas, em 1978; e Jardim, em 1981. Ela passa a ser formada por um território de 35.148 km2, habitado por 284.474 pessoas, distribuídas em 19 municípios, a maioria deles situados ao longo da divisa com o Paraguai e com os Estados do Paraná e de São Paulo.
O Pe. Ettore Dotti é originário de Bérgamo, na Itália, onde nasceu a 1º de janeiro de 1961. Membro da Congregação da Sagrada Família, no momento presta o seu serviço pastoral em Serrinha, no Estado da Bahia. Sua sagração episcopal está marcada para o dia 22 de julho, em Serrinha, e a tomada de posse – juntamente com a instalação da nova diocese – para o dia 31 de julho, em Naviraí.
De acordo com o Código de Direito Canônico, «a diocese é uma porção do Povo de Deus confiada ao pastoreio do Bispo, com a cooperação do presbitério, de modo tal que, unindo-se ela a seu pastor e, pelo Evangelho e pela Eucaristia, reunida por ele no Espírito Santo, constitua uma Igreja particular, na qual está verdadeiramente presente e operante a Igreja de Cristo una, santa, católica e apostólica».
O texto é assim explicado pelo Documento de Aparecida, em 2007: «Reunida e alimentada pela Palavra e pela Eucaristia, a Igreja Católica existe e se manifesta em cada Igreja particular, em comunhão com o Bispo de Roma. A Igreja particular é totalmente Igreja, mas não é toda a Igreja. É a realização concreta do mistério da Igreja Universal em determinado lugar e tempo. Para isso, ela deve estar em comunhão com as outras Igrejas particulares e sob o pastoreio supremo do Papa, Bispo de Roma, que preside a todas as Igrejas na caridade».
Ambos os documentos insistem em esclarecer que a Igreja é “reunida e alimentada pelo Evangelho e pela Eucaristia”.
Quem, então, pertence à Igreja de Cristo? Eis a resposta encontrada pelo Concílio Vaticano II, em 1964: «Todos os homens são chamados a esta católica unidade do Povo de Deus, que prefigura e promove a paz universal. A ela pertencem ou são ordenados de modos diversos quer os fiéis católicos, quer os outros crentes em Cristo, quer, enfim, os homens em geral, chamados à salvação pela graça de Deus».
O mesmo Concílio, porém, citando Santo Agostinho, esclarece que «não se salva aquele que, embora incorporado à Igreja, não persevera na caridade, pois está no seio da Igreja “com o corpo”, mas não “com o coração”». Em outras palavras, somente pode ser considerado membro vivo e ativo da Igreja quem abraça como ideal de vida o amor, apresentado por Jesus como a síntese do Evangelho e de toda a Bíblia (Cf. Mt 22,40).
De acordo com Tertuliano, é o amor mútuo que nos faz Igreja: «Onde onde dois ou três cristãos, mesmo se leigos, estão unidos em nome de Jesus, ali está a Igreja». Por isso, para saber quem é cristão e quem não é, basta conferir o grau de doação que expressa seu comportamento: «Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros como eu vos amei» (Jo 13,35).
Para os católicos, a Palavra e o amor encontram seu ápice na Eucaristia, o grande dom que constrói e mantém a unidade da Igreja: «O pão que partimos não é comunhão com o corpo de Cristo? Por isso, assim como há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, pois participamos todos desse único pão (1Cor 10, 16-17).
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Fonte: http://www.arquidiocesedebotucatu.com.br/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=2
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